quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Infinito


Esposende, 2008

Caminho as asas do vento
Por amor do infinito
E em silêncios sustento,
No interno do meu do ser,
Toda a vontade e querer
Que não se transforma em grito,
Porque vejo que voar,
Para lá do infinito
Não se faz …
…de bater asas!
Não se exerce contra o vento.

Faz-se…
De sereno planar
E em brisas de navegar!

Um toque de asa, ligeiro!
Que não quebra o silêncio,
Conforta a paixão e o vento
Muda a rota, dá alento…
Firma o voo, que sustento,
Por amor do infinito.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Porquê?


Seide (Casa de Camilo) 2008

Porque são tão difíceis as palavras?
Porque custa, assim, escrever?
Não existem elas, no meu sentir?
Não moram no pensamento?

Então,
Porque não revelam
E não se fazem acto de dizer o que penso?

É bem grande, afinal…
A distância entre o sentir e a palavra!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Meu Ano Novo


França (rio Sabor), 2008

Visito o livro dos dias
Em meu dia de ano novo.
E nele encontro, de mim…
Desenhos, rabiscos e temas
De escritos em prosa e poemas
A que falta dar um fim.

Encontro momentos de sonho,
De amor e de encanto
E encontro prazer tamanho
No soar, em leve canto,
Das memórias que são queridas.

Encontro terras sofridas
Pela lavoura dos dias.
Encontro batalhas perdidas.
Mas também vejo vitória,
Prazeres, gozos e magias
Em dias que fica na história.

Encontro dias a fio,
Neles refresco o meu hoje.
Do passado, nada foge.
Nele assento o amanhã!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Ano Novo


Famalicão, 2008

Um novo ano não pode apresentar a nitidez de um presente.
É um futuro inteiríssimo de indefinição e desconhecimento.

No entanto…
O início da sua descoberta
Assenta no instante em que o futuro e o presente se confundem e…

O início da sua construção,
Nos outros todos instantes do passado, de onde o presente se faz.