sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Arco-íris


Famalicão, 2008

Para alguém sorrir
Na fruição do arco-íris,

É necessário que o dia chore!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Murmúrios


Famalicão, 2008
-
Quando não se obrigam a palavras,
Os segredos que se trocam,
São murmúrios que se tocam
Em cristais de transparência.

E afoga-se a inocência
Na clareza de um beijo.
Encerra-se o mundo…
Num gesto!

E refresca-se a alma,
Em fontes de desejo!

domingo, 9 de novembro de 2008

Riqueza


Numa escola qualquer (V. N. F.), 2008

Se aprenderes o que eu sei,
Só poderás ficar pobre.
Bem mais pobre do que eu!

Se aprenderes com o que eu sei,
O limite da tua riqueza
Não te será imposto por mim.

E liberto serás completamente,
Para ser culturalmente rico.
“Podre” de rico.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Sol


Famalicão, 2008
Há dias cuja marca é o sol
Numa alva radiante,
Numa tarde estival,
Num ocaso de “glamour”.

Ou então...
Na alma da gente
E se revela num sorriso ou num olhar!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Antes da Palavra


Braga (Universidade do Minho), 2008

Antes da palavra ...
Um universo de ideias.
Difusas, ténues...
Imperceptíveis?
Sim!

Contudo, existentes!
E já nascidas sob forma de linguagem.

É que sem ser desta forma...
Nada existe, no cérebro de ninguém.

domingo, 5 de outubro de 2008

5 de Outubro


Num Portugal qualquer, 2008

Não há países do "sonho realizado"
Em todos... Todos os dias, sonhos se vão realizando.

Hoje, sonhos se vão sonhando...
Não só em verde e vermelho
Mas pintados de muitas cores...
Vestidos de muitos tons... e sorrisos!

Sonhos sonhados preocupados!
Em cuidados com muitos futuros...

O meu, o teu ... o de todos quantos cuidamos!
Todos quantos ensinamos... ou aprendemos,
Para nunca mais deixar de sentir como nossos!

(5 de Outubro - Dia Mundial do Professor)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Caminhos


Zaragoza, 2008

Nem todos os caminhos se trilham com os pés.

Máximos, são aqueles que se trilham com a alma.
Os que se fazem de tristeza e de dor,
Se armam de intenção e de fervor,
Se alimentam de paixão e do amor.

São outros, assim, os caminhos do ser!

Os que conduzem, nas alturas…
Os passos que acreditam
No dia, na noite e no mundo.

Que se fincam nos outros…

… e no tempo!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Longe


Leça do Balio, 2008 (nas proximidades do mosteiro)

Longe não será a lua!
Longe serão os lugares para além do olhar.
Para lá das sombras, onde moram os medos.

Longe será cada um,
No seu íntimo desconhecido,
Escuro, tenebroso e frio, onde nem o luar graceja.

Longe é o ausente do sol!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Ventos


Algures, 2008

Bonança não é calmaria.
Também ela tem seus ventos!

E então…
Manter hirtas as hastes do ser…
É desejo em esperança,


Não garantia!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Nuvem


Famalicão 2008
.
A nuvem que esconde o sol
Pode ser pesada e triste.
Mas é sempre breve!
... enquanto o sol é eterno!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Pequeno mundo II


Vila do Conde, 2008 (feira de artesanato)

Se formos capazes se sentir serena satisfação e pleno agrado...
No cuidado com o nosso pequeno mundo,

A tarefa dispensará comandos.
E no íntimo...


...residirão secretos prazeres!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Pequeno mundo


Zaragoza, 2008 (EXPO)

Temos nosso pequeno mundo…
Como perfeito e cristalino!

E sempre …
A sombra, de qualquer perturbação,
Angustía e desespera!

Ou então… Lembra!

Que o nosso pequeno mundo…
É nossa responsabilidade!



… e, com ele, todo o cuidado é pouco!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Memória


Porto, 2008

Que lugares ...
Guardarão memória do nosso estar?

Por certo aqueles,
Onde ficar algo de nós!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Olhar


Algures, 2008

Se perdido for meu olhar
Por olhares de loucura vã...

Poderá perder-se em olhos de mar
Encontrar-se em olhos de terra sã!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Ímpar


Zaragoza, 2008
Assim serei…
Igual a todos e ímpar!

E nessa bravura de ser…

Não quebrarei pelos dias,
Não afogarei em vendavais,
Nem me apagarei no anonimato!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Segredos


Que importa o lugar! 2008

Viver cristalino e límpido,
Não será, jamais, deixar de ter segredos!

É da profundidade do olhar de quem nos lê,
Que depende a passagem ....
Para além das primeiras impressões!

É aí que o conhecimento começa!

... aí mora aquilo que somos!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

E eu que era super!


Guimarães, 2008

Este poema triste...
É um poema que existe!

Tantas vezes que acontece,
Nas coisas e nas gentes...

Por isso, há quem padece!

domingo, 22 de junho de 2008

Cor


Famalicão, 2008

Mais do que no mundo que vemos,
A cor dos nossos dias...
Deverá residir no nosso olhar!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Mensagem


Guimarães, 2008

Não sairá daqui esta mensagem.
Não a levarei a ninguém!

Basta!
As palavras não se levam a lugar algum.
As palavras são lugares, são seres, são almas, são poderes!

Elas sim ...
São Eu.
Pleno e contraditório...
Fútil e assertivo...
Dito, escrito... tonante!
Confiante?

Por vezes...


... mas tão longe da Palavra!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Caminhos


Famalicão, 2008

De tudo, que todos os dias acontece,
Por acções e vontades,
O que mais marcará o mundo?

Se calhar, os caminhos!

Caminhos surgidos em arquitectura de criança!
Que brinca e se faz!
Que constrói e se forma...
Se dá à equipa, brincando!
Que brinca, aprendendo...
E aprende, vivendo,

... a construir os seus caminhos

Pérolas


Famalicão, 2008

Antes que o dono da luz lhe roube os brilhos,
Leves e singelos véus de prata e graça...
Resistem às aragens matinais e revelam-se,
Em exibicionismos breves, a olhares madrugadores.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Outros olhares


Guimarães, 2008

Não serão únicos, os meus olhares!
Outros os descortinarão, ou não!
Como saber?
Ou... para que saber!

Se os meus, os fixo e os revelo,
Poderia escondê-los ou reservá-los...
Querê-los fixos em outros... mas insondáveis,

...silenciosamente discretos!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Livre interpretação


Famalicão, 2008

Em malhas onde se pousam olhares,
Podem ter-se lágrimas lembradas.
Podem ler-se dores e angústias.
Podem sofrer-se prisões fechadas.

ou então!
Adivinhar-se mundos pequenos...
Leves sorrisos de criança...
Em que morem brilhos serenos!

domingo, 18 de maio de 2008

Lua


Famalicão, 2008

Se há dias de lua...
Também existirão noites de sol!


... por distintos feitiços!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Passos


Bragança, 2008

Em caminhos colectivos,
Para a condução dos passos...
Marcam-se rotas, destinos,
Pausas e encontros!

Mas cada um pisa as suas pedras!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Bruma II


Picos da Europa, 2008
Desta vez foi o céu, que descendo sobre os picos,
Me impediu os olhares!
Outros!...
Os que mordem lonjura e saboreiam luz!
Não aqueles que se alimentam em distâncias de toque!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Presente


Fontes Transbaceiro, 2008

Erguerei bem alto a denúncia...
A afirmação da minha voz!

Presente, serei ...
Afirmarei o orgulho da minha história.
Mostrarei o volume dos meus dias.
Apagar-me-ei!...

... lentamente!

domingo, 4 de maio de 2008

Mãe


Famalicão, 2008

Todos os dias...
Independentemente do lugar
Alguém procura uma mãe...

... que escute um riso ou apague uma dor!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Abril


Famalicão, 2008

Há manhãs de olhar húmido, mesmo em dias de Abril!
Mas em todas as manhãs...
Há sempre alguma forma de colorir o olhar
E emprestar ao mundo as cores do querer!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Teias


Porto (Boavista), 2008
As teias que a vida tece...
Também as tece em torno de memórias!
A elas, reservam o acesso! Às vezes...
E outras ... a elas conduzem pelos caminhos das suas malhas!
E sobre cada memória se constroem novas ... como teias!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Silêncio


Famalicão, 2008
.
Migram os homens a horas ...
Em dias de sol prometido.
.
Fica a cidade em oferta ...
Iluminada e quente,
Em silêncio!

sábado, 12 de abril de 2008

Liberdade


Porto (Silo), 2008
Em dias de consumismo,
Da suposta informação,
Em lugar de veredas e caminhos de esclarecimento,
Apenas resultam densíssimos obstáculos à escolha...
E uma profunda ilusão de liberdade!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Ponte


França (Bragança), 2008

Tudo o que me apetece dizer ...
Soa-me a plágio!

Por isso, e assumindo palavras da canção...
"Que nunca caiam ... "

(Pedro Abrunhosa)


segunda-feira, 7 de abril de 2008

Voo


Landim, 2008
Como um imã...
São sinais e aromas, sabores e sensações!
Condutores de muitos voos e percursos!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Gesto


Antas, 2008

Pertencer ao clube, associar…
Encontrar no gesto a identificação.
Assumir a pertença e afirmar
Estou cá, sou eu …

...Com os meus!

domingo, 30 de março de 2008

Elos


França (Bragança) 2008

Estranha forma!

A dos elos em cadeia...

Que prendem em sofrimento, desejos de liberdade.
E libertam, quem assume livremente a união!

sexta-feira, 28 de março de 2008

Cores


Famalicão, 2008

São novas as cores dos dias que a Primavera beija.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Viagem


V. N. Famalicão, 2008

Como uma vela!
Dispostas a que leve aragem...
Patrocine o seu destino.

Na viagem raramente somos sós!

sexta-feira, 14 de março de 2008

Sombra


Famalicão, Dezembro de 2007

Não te impeças de aceder...
Ao encanto das formas das sombras.

Mas, jamais te esqueças que a sua beleza é efémera!

Que, no comando das sombras...
E para além delas,
Há sempre seres e ... sempre há luz!

quarta-feira, 12 de março de 2008

Pequena


Famalicão, 2007
.
São pequenas, muitas vezes...
As coisas, às quais se deve dar verdadeira importância!

domingo, 9 de março de 2008

Singeleza


Famalicão, 2008

Em Natureza,

A mais singela das flores...
Tem o valor de uma rosa!

A todas as mulheres,
No amanhã do seu dia.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Lá minuta


Bragança, 2008

Mas parece noutro tempo...
Em que o "caixote" registava olhares repetidos e cansados...
Sobre breves entusiasmos de pose!

E o pequeno rectângulo de papel...
Seguia, religiosamente guardado, para recordação individual do momento.

Ou então...
Moraria ternamente, em moldura prateada, no balcão da cristaleira!

domingo, 2 de março de 2008

Floresta gráfica


Silo "floresta gráfica" (Porto), 2008

Sem qualquer comentário!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Pérolas


Campelo, 2008

Desafiando a gravidade...
As pérolas sempre se auto-sustentam!

Onde quer que elas pairem.
No sobre verde de arbustos chovidos.
Ou no sobre peito de mulher engalanada!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Olhar colorido


Algures, 2008

Quando te parecer que o mundo é muito cinzento.

Experimenta colocar sobre ele...
O teu olhar colorido!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Roda


Avidos, 2008
.
A perfeição de um movimento,
Requer coragem e dedicação...
Treino e repetição...
...
Mas também... o puro gozo de um momento!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Desencontro


Vila Nova de Famalicão, 2008
Há lugares onde se marcam encontros.
Outros, parecem marcados para o desencontro.
...
Mas, sempre há encontros que acontecem ...
Em lugares de pura imprevisibilidade.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Chuva


Requião, 2008
... E na flôr!

Toda nascida para o sol...

É a chuva que opera milagres!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Entrudo


Algures no Nordeste Transmontano, 2008
.
repousa o Entrudo, terminada a função!
.
Gozou, chocalhou,
Acicatou as moças.
Matou o velho, celebrou o novo...
.
E no fim...
Regressa o Careto à função de rapaz!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Sonho


Famalicão, Janeiro de 2008

Leves são os sonhos.
Frágeis as teias que os sustentam.

Singela cumplicidade que a aurora revela,
Ao mesmo tempo que predestina o futuro…

Para muitos, o esquecimento!
Mas, a alguns… poucos!
Cabe regar as raízes do ser!